terça-feira, 15 de agosto de 2017

Palavras em lágrimas


Porque choram as palavras, meu amor!

 

Neste silêncio cubículo guardo o meu corpo embalsamado pelo tempo,

Sinto o abraço das palavras tristes quando as lágrimas da paixão brotam do sorriso sol,

Sento-me no teu colo, beijos incandescentes nos teus lábios em flor…

Me resigno enquanto me é permitido,

Fujo de ti, escondo-me numa esquina de luz em ciúme,

E tenho na mão direita o fogo do teu peito,

A morte vem, oiço-a na montanha branca onde habitam os teus braços cansados,

E sei que as palavras choram, por ti, por mim, meu amor…

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 15 de Agosto de 2017

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