domingo, 13 de agosto de 2017

O silêncio dos mortos


Tenho medo da tua imensidão,

Da fúria das tuas mãos quando o vento se agacha no chão…

E pede perdão,

 

Pára,

Escuta o silêncio dos mortos, e dos sonâmbulos abandonados,

Ergue-te e cresce na floresta dos vivos,

Enquanto a cidade se prostitui nos horários nocturnos da madrugada,

Pára,

Escuta o silêncio dos mortos, e dos pássaros envenenados,

E da paixão,

A húmida terra lapidar do desassossego…

 

E crava no peito uma canção,

Abraça o coração…

 

Das falésias adormecidas.

 

Tenho medo da tua imensidão, e dos acrílicos desenhos desgraçados.

 

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 13 de Agosto de 2017

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