As
palavras escrevem-se no rosário da noite,
Crescem
livros de porcelana,
Relógios
de Sol…
Telas
em branco saboreando os pincéis da solidão,
Deito-me
nesta cama,
E
sem palmilhar este chão,
Agreste
como aqueles que não têm pão,
O
trigo invade a seara,
Desce
a montanha…
E
perde-se na razão.
As
palavras ardem nesta fogueira,
Coração
fraccionado e em pedacinhos,
Sempre
que não regressa a tarde.
As
palavras que escrevo no teu corpo,
Os
livros que construo no teu cabelo lamacento depois das chuvas de Verão,
Seca
o capim,
Fica
a terra seca e gretada pela confusão das crianças que brincam sem parar,
E
adormecem como gaivotas,
Que
a noite os traga de volta.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
12 de Julho de 2017
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