O
desgostoso ancorado
Autómato
desajeitado das tardes infelizes
O
corpo fumado
Entre
paredes de xisto e perdizes…
Da
montanha de areia
Descendo
pela veia
No
braço do enforcado
O
desgostoso
E
desamado
Feitiço
da madrugada
O
corpo encostado
Aos
pilares sombreados da falsa calçada…
E
do rio vem a semiófora rebelião do desempregado
Malditos
carneiros
Pastando
na planície do amortecido emplastro desassossegado
A
fotografia rima com preto-e-branco
Mais
branco do que preto
Os
olhos pintados de sonâmbulas bolhas de luar
O
desgostoso
E
desamado
Feiticeiro
da noite
Volátil
cansaço dos silêncios abandonados
Quando
regressam os rochedos
Aos
claustros fumados…
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
30 de Abril de 2017
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