(“Espelho” desenho de Francisco Luís Fontinha – Setembro/2015)
A
luz laminada da paixão
Quando
desce os círculos do meu peito,
Perfura-me
com as cinzentas palavras do “espelho” ensanguentado na loucura,
Silencio-me
aos teus pés,
Sento-me
nos teus braços,
Adormeço
no teu olhar,
Vivo
desenfreadamente com esta corda-de-mar prisioneira na minha garganta,
Sou
sempre eu,
Aquele
que habita esta rede de ossos camuflados pelo nevoeiro da manhã,
Aquele
que esconde na boca as gaivotas das tristes marés de Inverno,
Sou
sempre eu,
Aquele
que escreve poemas no som da fogueira da saudade…
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira,
10 de Setembro de 2015
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