quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Cidade abandonada

Sentíamos o vento saltitar na janela dos sonhos,
Havia em nós a clandestinidade de um amor proibido,
Sem sentido… como quase todos os amores,
Livros,
Líamos os textos que durante anos viveram encaixotados na ínfima sombra da madrugada,
Mas nada,
Nada tinha vida nesta cidade abandonada,
Desenhávamos beijos nos socalcos sorrisos da solidão,
Pegava na tua mão…
E sabia que uma gaivota
Brincava no teu cabelo,
Como brinca hoje no meu cabelo o silêncio envenenado pela paixão…
 
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 6 de Agosto de 2015


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