Sentíamos
o vento saltitar na janela dos sonhos,
Havia
em nós a clandestinidade de um amor proibido,
Sem
sentido… como quase todos os amores,
Livros,
Líamos
os textos que durante anos viveram encaixotados na ínfima sombra da madrugada,
Mas
nada,
Nada
tinha vida nesta cidade abandonada,
Desenhávamos
beijos nos socalcos sorrisos da solidão,
Pegava
na tua mão…
E
sabia que uma gaivota
Brincava
no teu cabelo,
Como
brinca hoje no meu cabelo o silêncio envenenado pela paixão…
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira,
6 de Agosto de 2015
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