segunda-feira, 20 de julho de 2015

Cinzas entre relógios de pulso


Não tenho tempo,

Cessaram os relógios de pulso no meu peito fictício,

Ambulante circo de cidade em cidade,

De montanha em montanha,

O tempo escoou-se no aéreo sonho da noite,

Morreu,

Partiu em direcção ao mar…

Olho as minhas cinzas,

Embrulham-se na maré,

E nunca mais regressarão à minha mão,

Levo um livro na algibeira,

E uma caneta na boca…

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Segunda-feira, 20 de Julho de 2015

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