O
amor não cessa de alicerçar as suas garras nas sombras do amanhecer,
Há
sempre um corpo em sofrimento,
Um
corpo que recusa morrer,
E
ser levado pelo vento,
(o
caixão em putrefacção)
O
amor inventa-se no jardim das palavras,
Abraça-se
aos tristes pilares de areia que alimentam a paixão,
Frágeis,
Os
pincéis embriagados na tela da madrugada,
O
corpo liberta-se dos ossos,
Desenha
na poeira o pavimento lamacento do olhar,
O
corpo voa…
E
não se cansa de voar.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Domingo,
7 de Junho de 2015
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