domingo, 7 de junho de 2015

O corpo em movimento


O amor não cessa de alicerçar as suas garras nas sombras do amanhecer,

Há sempre um corpo em sofrimento,

Um corpo que recusa morrer,

E ser levado pelo vento,

 

(o caixão em putrefacção)

 

O amor inventa-se no jardim das palavras,

Abraça-se aos tristes pilares de areia que alimentam a paixão,

Frágeis,

Os pincéis embriagados na tela da madrugada,

O corpo liberta-se dos ossos,

Desenha na poeira o pavimento lamacento do olhar,

O corpo voa…

E não se cansa de voar.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Domingo, 7 de Junho de 2015

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