quinta-feira, 7 de maio de 2015

Inferno olhar


Não te mereço

Escrevo nos teus lábios

O prefácio adormecido

Do amor

No amor

Da manhã

Quando nasce em ti

E me entristeço

Com o medo

Semeado

Nos teus seios

Adormeço

Embainhado no sentir

Não sentido

A paixão

O fumo do meu cigarro

Envenenado

Pelo inferno

Olhar

Da madrugada

E tu

E tu envergonhada

Porque deixei de existir

Amar

E partir

Recordar as coisas belas que a noite construiu no teu corpo

Desenhou

E esculpiu

Não o sei

Meu amor

Não o sei…

Se te mereço.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Quinta-feira, 7 de Maio de 2015

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