Terá
Deus incumbido à palavra
Para
me atormentar
A
qualquer hora
Do
dia
Da
noite
Na
esperança…
Saberá
Deus o significado
Da
derrota
E
da tristeza?
A
maldita noite
Que
cresce nos subúrbios do silêncio
E
se alimenta de uma cidade em ruínas
O
livro não escrito
Na
prateleira do sofrimento
E
sem beleza
Sem…
sem desenhos do cansaço
Estampados
no rosto
Em
pergaminhos beijos
E
da tristeza
Da
derrota
Quando
vem a tempestade,
E
o mar se deita
Na
melódica cidade
Sem
o saber
Troca
abraços
Por
sombras
E
sombras
Por
uma viagem
Anónima,
Sem
Regresso
Nunca
Porque
nunca habitará um corpo no meu corpo sem corpo.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira,
6 de Maio de 2015
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