(Para
a minha mãe, feliz aniversário / IPO - Porto, 26 de Março de 2015)
“Descascando
a cebola” como Gunter Grass me ensina, mergulho no parapeito da fotografia com
vista para o jardim, ao meu lado, sombras, terraços de chocolate, homens,
mulheres e crianças.
Perdi
a paciência, diz ele em tom de prosador,
Deus
olha-me, penso eu, não encontro no corpo o prazer do sossego, quando as
palavras morrem, e a morte é a viagem para a literatura,
A
espingarda, finjo, tenho na algibeira meia dúzia de balas, de xisto, como o
Douro Vinhateiro, o rio
E
as crianças, a cebola liquefeita nas mãos da cozinheira,
Mãe
o que é hoje o jantar?
Poemas
de “Al Berto”,
Gosto,
adoro, amo…
Amar,
desenhar na cebola os lábios da inocência (telefone toca) quando amanhece no
teu sorriso, a espingarda
Minha
querida!
E
a espingarda escrevendo poemas em cada camada da desassossegada cebola…
(Ficção)
Francisco
Luís Fontinha . Alijó
Quinta-feira,
26 de Março de 2015
o amor
ResponderEliminargosto...adoro...amo