Engano-me
nos teus olhos
Pareço
um espelho confuso
Desfocado
como os decenários da saudade
(perdi-me
porra)
Sei
lá agora
Meu
amor
Se
existes
Pareces
Uma
lâmina de sémen baloiçando no teu peito
Amanhã
Meu
amor
Caminharemos
sobre o desejado orgasmo
(literário)
Pensavam
o quê?
Engano-me
nos teus olhos
Como
se enganam os automobilistas de óculos escuros
Os
escravos do sonho
As
drageias congeladas no coração da minha flor
O
caixão prateado
Amanhã
Saberei…
O
quê?
Aldeia
Gajas
boas
Lanternas
radioactivas
Um
disparo
Contra
a morte
Só
A
“puta” sempre só
E
mesmo assim
Percebo-a…
como percebo os teus caprichos.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira,
25 de Março de 2015
o amor é um lugar estranho...
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