O
exílio disfarçado de madrugada, alguns papeis, livros poucos, um retracto do
meu avô e… e nada mais do que isso, Margarida chorava com a minha partida, eu, finalmente
em liberdade,
Os
panos,
Os
cortinados envernizados de saudade
Pai,
regressaste?
Não,
filho!
A
morte não tem regresso, os cortinados envernizados de saudade, a manhã
despedia-se do paquete que me transportaria
Para
o inferno,
Que
me transportaria para o infinito beijo do capim, sonhava com lobos, coelhos e
cobras
Cobras?
Serpentes
engasgadas pela ventilação mecânica dos fósforos sem memória, esquecem-se dos
cigarros sobre a lápide, a fotografia, e
Não,
filho!
Para
o inferno…
(ficção)
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira,
25 de Março de 2015
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