(desenho de
Francisco Luís Fontinha)
O corpo suspenso nas
quatro esferas da insónia
o ignóbil silêncio
alicerçado aos braços da paixão
e sem o saber
morre na cama do
prazer,
Alegre
o feliz moribundo
com lábios de papel...
ao longe o mar
e todas as sílabas
do poema
o corpo estremece
como se fosse uma
fresta invisível no peito do amante
ele ausente
e não sente
as lágrimas da
solidão
que invadem a cidade
da loucura...
o amor são flores
mórbidas
com odor a
putrefacção,
O corpo...
que finge a morte
sobre uma velha folha de cartão
não sofre
no olhar
as marés salgadas
do beijo
ele ausente
e não sente...
a amargura do
desejo...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 12 de
Fevereiro de 2015
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