segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Poeta sem nome

(desenho de Francisco Luís Fontinha)


desenhei o teu corpo com os meus dedos de acrílico desassossego
escrevi nos teus lábios o poema da morte
e a separação inventada que só a noite compreende
abri a janela e ao longe os pincelados cheiros do Tejo
que aos poucos se entranhavam em mim
como uma gabardina de aço
e sem eu o saber
tu... desmaiavas na tela do ciume
desenhei
e escrevi
o suicídio perfeito
do poeta sem nome...


Francisco Luís Fontinha – Alijó
Segunda-feira, 19 de Janeiro de 2015


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