O silêncio me
embala nesta jangada de dor
uma espingarda
dispara
contra o meu peito
e a bala
não consegue
matar-me
o jorro de palavras
soltam-se dos meus lábios
prisioneiros
das tardes junto à
lareira,
A ribeira
lá longe
camuflada pelas
gaivotas sem nome
os barcos se afundam
nas tuas pálpebras de enxofre
e os meus dedos se
perdem na ardósia da noite...
o silêncio... de
dor
uma espingarda em
papel
tomba no chão ácido
do cansaço,
Finalmente
todas as luzes do
teu olhar se evaporam
como um vulcão
selvagem
nos seios de uma
montanha
há dentro da tua
sombra
as cintilações do
desejo...
e nas tuas coxas de
diamante
perdem-se todos os
poemas invisíveis da madrugada.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Segunda-feira, 3 de
Novembro de 2014
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