Não quero amar-te
sou um exíguo
caixão de espuma
onde habita o meu
corpo de silêncio
não quero amar-te
porque sou filho da
bruma...
e tenho na mão o
sonho de voar
não quero amar-te
sou um exíguo
caixão de espuma
com janelas voltadas
para o mar
não
não quero amar-te
sabendo que o amor é
uma canção sem palavras,
sem vida
quando a frenética
cidade se evapora na escuridão...
amar-te seria uma
tempestade
ou... ou um vulcão,
não quero amar-te
porque há nos meus
poemas pedaços de morte
e rochedos de cartão
não
não quero amar-te
enquanto existir em
mim a solidão...
Francisco Luís
Fontinha
Alijó, 24 de
Novembro de 2014
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