Um corpo flutuante
nas arcadas nocturnas do medo
o fumo negro da
saudade
que sobeja de um
cigarro embriagado
tu
tu não vês... que
há pássaros poemas
e poetas pássaros
tu
tu não vês... que
há palavras disparadas de uma espingarda
um soldado que tomba
e sonha
e flutua...
o corpo flutuante
sobe ao cimo da montanha,
grita
chora...
e ausenta-se da
neblina cinzenta,
são horas de
adormecer
o cansaço espera o
corpo flutuante que aos poucos se solta das cordas do silêncio...
parece sofrer
mas... mas o medo
permanece impávido
na parada da insónia
são horas do corpo
flutuante renascer
brincar
e... e... e
deambular sem correntes calçada abaixo
em direcção ao mar
grita
chora...
e ausenta-se da
neblina cinzenta.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Terça-feira, 18 de
Novembro de 2014
Sem comentários:
Enviar um comentário