Desço ao inferno
barco sem regresso,
olho-me no espelho
do triste Oceano sem cortinados,
ou... ou janelas de
pálpebras inchadas,
tenho na mão a
enxada da dor...
e nos lábios o
beijo de uma flor,
desço,
mergulho...
saltito nas cinzas
do teu corpo inseminado nas páginas de um livro,
de poemas,
de “merdas” sem
significado algum,
mergulho... e
desço...
e percebo que o
futuro é incerto,
Negro como a noite
interminável...
Fujo,
escondo-me na sombra
do teu sangrento olhar,
desço ao inferno
barco sem regresso,
em desassossego,
como um esqueleto
esquecido no mar...
como uma árvore que
acaba de morrer,
sem medo...
sem... sem palavras
de escrever.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 21 de
Novembro de 2014
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