terça-feira, 11 de novembro de 2014

a bala sem mão


a espingarda de pau em sentido
o homem alicerçado a ela...
treme de frio
e tomba no chão ácido do íngreme tesão do luar
as estrelas são esferas de papel
mergulhadas em clítoris envenenados
a espingarda embriagada
grita
constrói espirros de chocolate
e soluça
como uma louca cidade
que deambula entre carris inanimados
e comboios drogados

a espingarda dispara um pequeno silêncio
que acorda o homem que habita o chão ácido do íngreme tesão do luar
e o homem sem o saber...
acredita na liberdade...



Francisco Luís Fontinha – Alijó
Terça-feira, 11 de Novembro de 2014

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