Aqui, pareço um
tresloucado corpo volátil,
um rochedo
impregnado de saudade,
aqui, sou uma
montanha sem árvores,
uma ribeira sem
poesia,
aqui, pareço uma
equação trigonométrica sem solução,
um círculo,
o quadro...
semelhante a uma prisão,
aqui, todos os
pássaros são loucos,
aqui, todas as
mulheres são em papel crepe,
e voam,
e partem...
aqui,
aqui, há um rio
sonâmbulo que apelidaram de “DOR”,
e não há barcos
com olhos verdes...
porque aqui, aqui,
eu pareço um tresloucado corpo volátil,
que espera o
regresso das mãos trémulas do teu sofrimento...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Domingo, 5 de
Outubro de 2014
Sem comentários:
Enviar um comentário