Saber amar-te… é
não perceber a razão de existir,
É mais fácil
resolver uma equação diferencial… do que saber amar-te,
Escrever-te sabendo
que nada lês do que escrevo,
Porque não tens
tempo, porque pertences ao grupo que me apelida de louco…
Um coitadinho, um
coitadinho que se julga poeta,
Pois eu não sou
poeta, pois eu não sou escritor,
Pois eu… ai como
eu gostava de saber amar-te…
Eu não sou artista,
não sou nada,
Sou um que vagueia
nas ruas inventadas por um louco igual a mim,
Julgava que era
porta,
Dizia-se escritor,
artista…
E… e morreu num
banco de jardim,
Como eu vou morrer,
Saber amar-te
sabendo que o amor é um círculo de luz,
Um espelho sombreado
quando desce a noite sobre os teus seios,
Saber amar-te eu
gostava, esforço-me… mas… mas a vida é uma vaidade,
E o amar… e o amar
pertence ao amava,
Esforço-me,
esforço-me como se eu fosse um rio abraçado ao mar,
Enrolados, todos
nós, eu o rio e o mar… enrolados ao teu sorriso,
E no entanto,
Não sei amar-te,
Nem por palavras,
Nem por desenhos…
E eu, e eu que não
sou poeta,
Nem artista… como
vou morrer,
Morrendo… sem o
saber; amar-te!
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Segunda-feira, 4 de
Agosto de 2014
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