no seu término o
dia mistura-se com as sombras do prazer
o teu corpo mergulha
sobre o meu peito flácido
quase a adormecer
lá fora há poemas
por escrever
palavras vagabundas
correndo junto ao Tejo
folheio as pequenas
páginas dos teus seios
descubro o
significado de “Amor”...
e sinto a paixão a
entranhar-se nos meus ombros
há silêncios a
descer a tua pele de doirado sémen
que acabam por
morrer
semeiam-se nos
límpidos lençóis de seda
como jangadas
esquecidas em Cais do Sodré...
afinal... o sonho
são as pequenas páginas dos teus seios
à janela do “Adeus”
simplesmente
inventando soníferos de cartão
e livros a arder
há em ti um púbis
construído de andorinhas
e flores de papel
e no seu término...
o dia... o dia
cansado de viver
como se o teu corpo
embrulhado nos meus braços de aço laminado
adormecesse vivesse
amasse e morresse
e descubro o
significado de “Amor”...
e de ser “amado”.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Domingo, 27 de Abril
de 2014
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