há um xisto vestido
de tristeza
uma nuvem sangrenta
poisada em ti
árvore sonolenta
magoada
jardim descalço
jardim... jardim
filho da madrugada
há um rio perdido
na calçada
esperando a tua mão
há um rio dentro de
ti
correndo
correndo... correndo
nas tuas veias de solidão
e gritando e
gritando...
há um xisto no muro
onde me sento
e te espero
dou-me conta que
hoje não há o rio dentro de ti
que tens lágrimas
que... que danças
no jardim
magoada no jardim
descalço...
adormeço
sonho com fios de
nylon aprisionando o Céu
que tens estrelas no
olhar
e flores
flores na tua doce
boca de jasmim
há um xisto... de
tristeza... há um xisto dentro de mim.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Domingo, 27 de Abril
de 2014
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