foto de: A&M ART and Photos
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Não tenho dias de ti
em todos os horários mergulhados nas
amoreiras cinzentas
não posso acreditar nas tuas tristes
palavras
que alimentam a máquina dos sonhos
não
não tenho dias de ti
e em ti
as películas negras da paixão
desertaram
morreram
esgotaram-se como amêndoas de cartão
no amanhecer desconhecido,
Não
não tenho dias de ti,
Em ti
e em ti,
Não
não tenho dias em ti
e em ti,
Não tenho dias de ti
às conversas mórbidas das tardes
poeirentas
há silêncios que demoram...
há em ti
momentos
desejos
circos ambulantes entre rosas e
palavras sem sentido
tu
eu
perdidos dentro do mundo sem
fechadura...
e sofremos
e sofremos as sílabas dos calendários
falsificados.
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
sexta-feira, 16 de Agosto de 2013
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