foto de: A&M ART and Photos
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Tínhamos os Sábados dos guindastes de
solidão
comendo-nos como vampiros solstícios
desgovernados
havia em nossos corpos de ébano os
silêncios lábios da triste manhã
e percebíamos que as luzes da noite
anterior eram apenas cadáveres de areia
brincando nas dunas rochas dos seios
madrugar,
Transportava-te nos dedos em réstias
letras sobejantes dos pobres textos
que o louco EU deixara de escrever nos
espelhos da casa dos sonhos
e uma corrente de aço aprisionava o
vento marítimo dos barcos em flor...
tínhamos os Sábados dos guindastes de
solidão e uma lanterna de paixão
apoderou-se dos meus braços com
assentos circunflexos com vírgulas e parágrafos embriagados...
Amar-te percebendo que sei que não
existo... em ti e
dificilmente (efeito Borboleta) tocarás
nos velhos troncos dos plátanos de xisto
que habitam nos meus olhos...
Tínhamos... Sábados em tristes
guindastes de solidão
e todos os nossos livros deixaram de
ser livros e hoje... pássaros em liberdade.
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha
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