foto: A&M ART and Photos
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Caleidoscópio teu olhar
perfurando sílabas e algas com sabor a
mar
erguendo-se de ti a manhã decalcada na
sombra do luar
às penumbras horas prisioneiras em
teus seios de cristal,
Oiço em ti a perfumada rosa acabada de
nascer
correndo quintais de areia sem o saber
birras de uma criança quando aprende a
ler...
e oiço-o contra a minha solidão
suspensa nas páginas de um velho jornal,
Sinto o meu rosto estampado num muro em
betão
oiço-o cantar e sofrer nas palavras
canção
é ele o indesejado nobre meu coração
inventando pedaços de algodão no
silêncio pedestal,
O meu corpo em crepe papel
lutando nas correntes de ar
argamassadas do fingido cordel
que a boca sobeja e morre na pele...
morre crucificado o esqueleto de metal.
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha
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