sábado, 17 de dezembro de 2011
As arcadas da cidade
Despejo os dias no contentor de aço
Junto à porta de entrada do meu cansaço
Cozinho os dias na panela sobre o silêncio do mar
E o meu corpo que mergulha na algibeira da tarde
Entranha-se no vapor da solidão
Despejo os dias no contentor de aço
E mesmo lá no fundo sinto os olhos do abraço
Nas lágrimas do jantar agrafado às arcadas da cidade…
E numa rua sem saída
Os lábios dos dias despejados
E numa rua sem saída
Os dias cozinhados.
Junto à porta de entrada do meu cansaço
Cozinho os dias na panela sobre o silêncio do mar
E o meu corpo que mergulha na algibeira da tarde
Entranha-se no vapor da solidão
Despejo os dias no contentor de aço
E mesmo lá no fundo sinto os olhos do abraço
Nas lágrimas do jantar agrafado às arcadas da cidade…
E numa rua sem saída
Os lábios dos dias despejados
E numa rua sem saída
Os dias cozinhados.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Insónia da noite
Metade de mim uma árvore despida na saudade
E a outra metade
Um rio que deixou de correr para o mar
E se perdeu nas curvas da montanha
Metade de mim uma nuvem engasgada na manhã
Quando acorda a cidade
E a outra metade
Os silêncios da maré nos sorrisos da lua
Metade de mim um poema amordaçado
Escrito na insónia da noite
Quando sinto que na outra minha metade
Os teus lábios se abraçam e cintilam junto ao mar
E a outra metade
Um rio que deixou de correr para o mar
E se perdeu nas curvas da montanha
Metade de mim uma nuvem engasgada na manhã
Quando acorda a cidade
E a outra metade
Os silêncios da maré nos sorrisos da lua
Metade de mim um poema amordaçado
Escrito na insónia da noite
Quando sinto que na outra minha metade
Os teus lábios se abraçam e cintilam junto ao mar
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