sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Insónia da noite

Metade de mim uma árvore despida na saudade
E a outra metade
Um rio que deixou de correr para o mar
E se perdeu nas curvas da montanha

Metade de mim uma nuvem engasgada na manhã
Quando acorda a cidade
E a outra metade
Os silêncios da maré nos sorrisos da lua

Metade de mim um poema amordaçado
Escrito na insónia da noite
Quando sinto que na outra minha metade
Os teus lábios se abraçam e cintilam junto ao mar

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