Isto,
Isto não é nada,
São riscos em pedacinhos
de corrida,
São traços,
Dos abraços…
Que uma pobre flor
Semeia na madrugada,
Isto,
Isto não é nada,
São cores,
Em flores de papel,
São palavras,
Em geadas palavras,
Isto,
Não…
Isto não é nada,
São sombras,
Das coisas de ninguém,
Nos traços de nada,
Dos traços de alguém,
Isto,
Isto nunca poderá ser nada.
É uma janela,
Desenhada,
Nesta triste folha em
papel…
Uma janela…
De nada,
Numa parede sem ninguém,
Isto,
Isto nada é,
Enquanto um outro eu,
Pertencer às manhãs que o
mar lançou contra a maré…
De nada,
Isto é…
Isto,
Isto não é nada,
São traços,
São riscos…
São pedacinhos da minha
vergonha,
Na vergonha da minha fé.
13/07/2023
Francisco Luís Fontinha
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