Às vezes, às vezes
tínhamos pressa do cansaço,
Muitas vezes,
Das outras vezes,
Era o cansaço que se
fartava de nós…
E escondia-se na
algibeira do sono.
Às vezes, às vezes éramos
acorrentados aos lábios do vento,
Muitas vezes,
Das outras vezes…
Era o vento que desenhava
em nós a madrugada.
Às vezes, às vezes
sentíamos no peito a gravidade…
E em cada segundo de colapso…
Percorríamos nove vírgula
oito metros por segundo ao quadrado…
Tantas vezes,
Das outras e destas vezes…
E das vezes que não
tínhamos vezes…
Caia sobre nós a tarde
vestida de silêncio.
Francisco
03/06/2023
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