Voa a paixão nas tristes
árvores do desejo
Que abraça o medo da
solidão,
Quando na claridade
De um beijo,
Um tamarino em tua mão
Chama a si a clepsidra da
saudade,
E do homem que sou,
Dos meus olhos tristes no
sémen das palavras envenenadas
Uma árvore se cansou
Como se cansam no
fervilhar do prazer
As madrugadas que não
tenho, nas madrugas em que vou,
Não vou mais viver,
Viver para quê, se a vida
é apenas uma sombra de luar
Em direcção à morte,
E quando se vive a paixão
nas tristes árvores do desejo,
No triste orvalho sem
destino,
Há sempre uma flor
cansada de gritar…
De gritar por aquele
triste menino,
E deste corpo sem sorte,
A nuvem de luz sem tino
Corta a cabeça milenar
das cansadas
Espadas,
Nas espadas… deste pobre
menino,
Menino que espera pela
morte.
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