Porque acordam em tua mão,
Meu amor,
As acácias da minha
infância,
As mesmas acácias que
quando eu perguntava ao meu pai
(porque choram as
acácias, pai?)
Nunca me respondia,
Sorria…
E voou numa madrugada de Verão
em direcção à luz,
Porque acordam em tua
mão,
Meu amor,
Na clandestinidade do
silêncio,
Quando do alto desta
pedra,
Desta pedra onde se senta
a Terra…
As flores que tinham
morrido no meu jardim,
Porque acordam em tua
mão,
Meu amor,
Enquanto todas as noites,
Em todos os luares,
Recebo na minha mão…
Todas estas palavras,
Porque acordam elas,
Meu amor,
Dentro de ti?
Porque acordam em tua
mão,
Meu amor,
As telas da minha
madrugada,
As cores do desejo,
Quando sei que na
alvorada,
Um pequeno rio de luz…
Envolve o teu corpo!
Alijó 27/04/2023
Francisco
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