Junto ao mar
Toda a vida
Sem vida,
Toda a vida desta maldita
vida,
De viver… sem vida,
Toda a vida,
Uma vida,
Uma vida de viver,
De viver,
Sem vida.
E da vida que nunca tive,
Uma vida,
Vivida,
Viver cada dia,
Em cada dia
Desta vida,
Do dia sem poesia.
Uma vida recheada,
Recheada de não vida,
Viver a cada dia,
Um dia,
De dia,
Sem dia…
O dia de viver…
Viver?
Quando nunca tive vida,
E da vida que me obrigam
a viver…
Há a saudade daquela vida…
Que nunca tive,
Que nunca quis ter…
Esta vida de viver…
E esperar,
Um dia,
Um dia livremente morrer,
Morrer junto ao mar.
Alijó, 29/04/2023
Francisco Luís Fontinha
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