Às vezes
Pareço uma tela sem nome
Uma tela suspensa numa
parede nua e fria
Um cadáver com fome
À espera do final do dia,
Às vezes
O meu Sol esconde-se nas
montanhas desanimadas
Entre as árvores sem
esperança
E as frias madrugadas,
Às vezes
Acredito que morri à
nascença
Sou por isso um nato
morto desencontrado
Vestindo um esqueleto de marfim,
E porra,
Porque às vezes,
Muitas vezes,
Estou tão cansado…
Tão cansado desta vida
sem fim.
Alijó, 21/03/2023
Francisco Luís Fontinha
(Dia Mundial da Poesia)
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