Às vezes
Era a chuva que nos
abraçava,
Outras vezes,
Muitas vezes,
Era o desejo que nos
silenciava.
Às vezes
Tínhamos o perfume de
amêndoa
Que a manhã nos dava,
E tantas vezes,
Muitas vezes,
Não tínhamos nada.
Às vezes,
Poucas vezes,
Rezávamos,
Outras vezes,
Muitas vezes,
Embriagávamo-nos com o
silêncio dos peixes…
Mas nunca nos disseram,
Que das outras vezes,
Umas poucas,
Outras tantas…
Havia uma estrela que nos
olhava.
Às vezes,
Eu escondia-me na tua
mão,
Outras vezes,
Tantas vezes,
Eu tombava no chão…
E de todas as vezes
Que me perdi nas outras
vezes,
Guardo dentro de mim…
As vezes que sofri.
Alijó, 16/03/2023
Francisco Luís Fontinha
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