Deita-te no meu peito lápide de sono
Onde habitam as canções
da madrugada,
Dome sobre mim,
Deita-te nos meus braços
Caravela envenenada,
Flor do meu jardim.
Deita-te sílaba pequenina
Das tardes rochosas,
Das noites sem fim…
Quando as estrelas
iluminam os teus olhos,
Quando as estrelas são o
jasmim.
Deita-te manhã em
delírio,
Triste livro em
construção,
Deita-te menina insónia,
Insónia deste silenciado
coração.
Alijó, 29/10/2022
Francisco Luís Fontinha
(quadro de Fontinha)
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