Os sonhos são pedacinhos de rocha
Suspensos num rio sem
nome,
São pequenas janelas gradeadas
Com fotografia para o
inferno,
Os sonhos são papel
Amarrotado,
Os sonhos são silêncios,
São… rios sem nome,
Os sonhos são enxadas em
revolta,
São um calendário de
equações diferencias,
Os sonhos são
papel-higiénico,
São a flor parvalhona que
um parvalhão aprisiona na lapela,
São cordas de nylon,
São corpos mutilados pela
guerra,
Os sonhos são janelas
gradeadas,
São sótãos,
Filhos, filhas, mar, ar,
nada…
Os sonhos são solidão,
São madrugadas,
São noites sem destino,
Os sonhos são as
crianças,
Uns tem-nas, outros…
Inventam o sono na
alvorada,
Os sonhos são as abelhas,
Porque os sonhos são
pedacinhos de rocha…
Alijó, 23/09/2022
Francisco Luís Fontinha
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