Onde poisam as andorinhas
Do meu país!
Onde brincam os poetas
Do meu País!
Onde habitam
As pedras do meu País!
Onde estão os sonhos do
meu País!
E bebo deste rio
A saudade do meu País,
E alicerço no meu olhar
A revolta do meu País,
E sonho com as madrugadas
Do meu País…
Todos os dias!
A todas as horas!
Onde poisam as andorinhas
Do meu país,
Que no papel amarrotado
Escrevo ao meu País,
E enquanto pinto este
rio,
Uma enxada,
Despede-se do meu País;
Com fome. Com sede.
E sonho com as madrugadas
Do meu País…
E sonho com os rios
Do meu País.
E esta andorinha que não
voa,
Porque no meu País
Roubaram as madrugadas,
Porque no meu País,
Roubaram as palavras,
Porque no meu país já
somos poucos… ou quase nada.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 21/04/2022
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