Das fragas selvagens da
vida cansada,
Sentadas na sombra
infinita do luar,
Às fragas invisíveis desta
madrugada,
Agachadas junto ao mar.
Dos limites
incompreendidos do anoitecer,
Quando um menino sentado
à lareira,
Não se cansa de escrever,
Escrever à sua maneira.
Ele, só, semeia as
palavras da alvorada,
Dentro das nuvens em
vidro adormecido.
São canções à desgarrada,
São canções de amar,
Amar o corpo sofrido,
Sofrido antes de falar.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 4/11/2021
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