Trago na mão
O mar embainhado
De uma cidade perdida,
Trago nos lábios
O poema envenenado
Da madrugada esquecida,
Trago no rosto
As lágrimas da insónia
Adormecida,
Das palavras à morte
Da morte à paixão com
vida,
Trago na poesia
As silabas envergonhadas
Da imagem aparecida,
Trago, trago no olhar
As nuvens em fogo, da
fogueira ardida.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 20/09/2021
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