Nestes dias,
Tristes dias tem o dia.
Das tristes manhãs dos
dias,
Respira a árvore a sombra
do silêncio,
Brinca a criança,
A menina;
A menina dança?
Dança que dança
Nos tristes dias, dos
dias.
Saber esperar que acorde
a manhã,
Quando os alicerces da
insónia,
Ainda dormem, dormem os
tristes dias.
E, as noites?
Tristes noites têm os
dias,
Nas tristes tardes de
encantar,
Tristes, eles, dormem o
sono em flor,
Sem vontade de acordar.
Morrem os tristes dias,
Deitam-se as tristes mulheres,
Quando à lareia, o triste
poeta,
Desenha no sangue dos
tristes dias; apetece-me falar.
Nestes dias,
Das tristes flores,
Há árvores em cantorias
e,
Doces amores.
Vai ela à fonte, triste e
desanimada,
Leva no cântaro um
poucochinho de nada,
Tristes dias, tristes
tardes estas de caminhar
Sobre a calçada, também
ela triste, também ela envergonhada;
Todos os tristes dias,
são dias de amar.
Francisco Luís Fontinha,
31/01/2021
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