Hoje, triste dia de
escrever,
Dia cansado de correr,
Neste Universo
despenteado,
Longínquo Oceano de
saudade,
Que o tempo não apaga.
Hoje, são palavras entre
lágrimas de chorar,
E, canções de brincar,
Hoje, o menino dos calções,
corre para o mar,
Senta-se na tua sombra,
E, recorda a espuma dos
dias de Luanda.
Hoje, já não sei quem
manda,
Se manda,
Se não manda,
Mas sei que hoje,
Todos aqueles que mandam,
Em mim, não,
Sou as palavras murmuradas,
por ti, na noite chorada,
São palavras, minha
querida, cartas a um filho…
Hoje, triste dia de
escrever,
Dia cansado de correr,
Hoje, sanzala esquecida
na tua mão,
Quando o Sol acorda sem
resolução,
És canção…
És lágrima,
És mãe.
Francisco Luís Fontinha,
27/08/2020
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