Quando o mar é um
silêncio de espuma
Nas mãos cansadas da
maré,
Quando ao mar eu
pertenço,
Sem nome, sem fé.
Quantos caracteres, meu
amor,
São precisos para
escrever,
Na areia,
O teu nome;
Amanhã, talvez, saberei o
significado da palavra,
Azeda neblina que
atravessa o rio.
E, pego em ti, minha
pequenina flor,
Papel bronzeado,
Fogueira desta lareira
suicida,
Que habita este corpo de
nada,
Que brinca neste corpo
cansado.
Servem as palavras
Ao destino menino de
brincar,
Quando levita do rosto
Este sorriso embriagado,
E, sem gosto,
Nem me diz… obrigado
Nos olhos do mar.
Francisco Luís Fontinha,
28/08/2020
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