Escrevo
o teu nome na lápide nocturna do desejo.
Desenho
nos teus lábios o silêncio do mar.
E
confesso.
Nada
vejo.
E
confesso.
Só
me apetece amar.
Sei
que habitas algures nos meus livros, cansados como eu, velhos como o Sol.
Navego
num oceano de palavras,
Algumas,
gosto delas,
Outras…
Odeio-as.
Como
odeio o vento de madrugada,
Ou
a chuva ao final da tarde.
(devia
ir tomar banho para jantar, e estou aqui a escrever merdas, lamentos…)
Escrevo
o teu nome no silêncio do amanhecer,
Entre
beijos e abraços,
Entre
barcos e caravelas,
Todas,
Elas,
Invisíveis.
Escrevo-te.
Escrevo-te
sem saber se vais ler o que escrevo.
Mas
o importante é escrever.
Escrever.
Escrever.
Sem
o banho consigo viver.
Mas
não sei viver sem escrever.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
09/10/2019
Sem comentários:
Enviar um comentário