Partiram,
levaram o miúdo dos calões e o caixote em madeira,
Alguns
tarecos, pouca coisa e fotocópias de fotografias envenenadas pelo silêncio, na
algibeira, o amor, o desejo do mar, dos barcos e das coisas
Simples?
Os
livros,
E
das coisas sem nome,
Sombras
de mangueira?
E
beijos, das coisas travestidas de saudade, dos livros lidos nas entranhas do
desejo, caminhávamos entre quatro círculos de luz, abraçavas-me como se abraçam
os pássaros, as acácias e os pindéricos cabelos de nata,
Amanhã
amo-te...
Francisco
Luís Fontinha
In
“Amargos lábios do poema”
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