Perfeito.
Imperfeito.
O silêncio
mutante da escuridão,
Quando desce
da montanha uma pobre canção,
Feio,
Feito, diz
ele, antes da morte,
Perfeito.
Imperfeito.
Pobre,
Nobre,
Enquanto
caminham sobre a Lua as sombras terrestres do medo,
Um foguetão
em apuros,
Uma
traineira desgovernada,
Só, e sem
nada,
Perfeito.
Imperfeito.
Sempre
suspenso no alpendre da dor,
Sente,
Sofre,
Para quê? Se
ele percebe que vai morrer…
Sinto,
Ele,
No deserto
das serpentes,
Perfeito.
Imperfeito.
Sem jeito.
Silêncio…
Um caixão em
lágrimas,
As pálpebras
em chamas,
E, a vida
parece uma lâmpada sem alma.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó, 31 de Outubro de 2017
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