Os
dias passados
Esqueleticamente
abraçados aos dias sofridos
Quando
bem lá no alto das montanhas cansadas
Os
dias argamassados aos dias coloridos…
Safados.
Os
dias perdidos na esplanada do adeus
Quando
sobre uma pobre mesa de sombra, um livro, voa nos dias premeditados
Por
uma lâmina finíssima de luz…
Os
dias entre dias,
Os
dias encalhados nos petroleiros da fortuna…
Os
dias revoltados
Com
a forma circunflexa do sangue perfumado,
O
dia apaixonado,
Ou
coisa nenhuma…
Os
dias as mãos e as mãos dos dias,
A
forca dos dias desesperados
Numa
árvore dispersa na alvorada,
Há
dias assim,
Como
hoje,
Dias
de alecrim,
Dias
de clarinete…
E
assim,
Os
dias dos relógios moribundos,
Meu
Deus! Meu Deus, tantos mundos…
Com
dias,
Sem
dias,
Cem
dias dispersados pelas tristes avenidas dos dias desalmados,
E
eu, minha querida, por aqui… brincando com os teus dias…
Os
dias sem melodia.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
24 de Maio de 2017
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