terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Sombras de aço


Há arte abstracta no teu olhar

Uma sinfonia de cores

Que se diluem na madrugada

Se cruzam na avenida mais obscura da cidade

E se deitam em cada tela adormecida pela paixão,

 

Há palavras nos teus lábios

Sílabas extintas pelo vulcão da saudade

Casas ignoradas

Árvores envenenadas

Nos solstícios do desejo,

 

Há silêncios no teu corpo

Medusas embriagadas pelo cansaço

Sombras de aço

Sobrevoando o teu cabelo

Que o vento assassinou…

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

terça-feira, 12 de Janeiro de 2016

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