Éramos
dois fedelhos
Escondidos
no capim,
Brincávamos
aos pássaros
E
desenhávamos sorrisos no meu jardim,
Éramos
dois fedelhos
Suspensos
na chuva miudinha que abraçava as mangueiras,
Dois
pontos de luz
Nos
lábios do luar,
Éramos
dois fedelhos
Apaixonados
pelo mar…
Construíamos
marés de vidro
Nos
alicerces da cidade,
Vestíamos
a escuridão enraizada na tarde,
E
regressava a noite
Com
os beijos da melancolia,
Dois
pássaros
Ao
nascer do dia…
Dois
pássaros fugindo da claridade.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
segunda-feira,
11 de Janeiro de 2016
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